terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Divulgando

Quatro artistas plásticos de Campinas, cada qual com sua técnica e inspiração, uniram-se em um só espaço. Será inaugurada nesta sexta-feira (7) a exposição '4 Individuais Simultâneas', de Alvaro Azzan, Dimas Garcia, Marcio Rodrigues e Vanderlei Zalochi no Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Panccetti (Macc). A maioria das obras é inédita, exceto o acervo de Garcia, que representa os 43 anos de carreira do artista. A curadoria é de Gilson Barreto e Sandra Hitner.

Ao entrar no museu, o público se depara com a série 'Lembranças', composta por 12 trabalhos de Alvaro Azzan. São telas feitas especialmente para a exposição, cuja linha condutora é sua vida. “Fiz uma autobiografia. Tem a minha infância, minha mãe que sofreu de Alzheimer, a morte dela e, no fim, o quadro que intitulei de Esfera, o Jogo Continua”, diz. Além desses, Azzan também homenageou os colegas com quem divide o espaço em três quadros, nos quais traçou características marcantes de cada um. “Fico muito honrado de participar de uma exposição com eles. Me dediquei um mês, integralmente, para produzir os trabalho.”

'Felicidade', de Marcio Rodrigues, está ao lado. A praia e as brincadeiras de crianças são comuns em suas 16 obras, feitas com tinta acrílica sobre tela. Para o artista, esse, que é o seu mais recente trabalho, resultou de constante observação e interpretação das pessoas em seu dia a dia, seus problemas, suas angústias e, principalmente, seus sonhos. “São paisagens simples, ingênuas às vezes, traços rústicos, mensagens diretas que remetem a reflexão”, afirma. Enfim, trata-se de uma retrato de cenas comuns e situações cotidianas à beira-mar, como por exemplo um garoto soltar pipa ou andar de bicicleta.

Já Dimas Garcia apresenta a série 'Trajetória' com 23 obras, sendo apenas cinco delas inéditas. As demais foram recolhidas de acervos pessoais, de familiares e amigos, para que o artista traçasse um fio cronológico de mais de quatro décadas dedicadas à arte. Há três fases definidas: 'Colagens', de 1969 a 1979; 'Habitat', de 1979 a 1989; e 'Ecoambiência', de 1989 aos dias atuais. A primeira foi inspirada no 'Gênesis'; a seguinte, traz serigrafias e formas geométricas; e 'Ecoambiência' tem de referências bucólicas da infância à vida moderna de 2012. “Ecoambiência enfatiza a solidão, o isolamento do homem em seu próprio ambiente. A paisagem ilustra a aridez da vida, o vazio representa a distância afetiva e psicológica entre as pessoas, o cotidiano, a monotonia, a incomunicabilidade e a massificação.”

Por fim, ao fundo da sala, estão 16 telas de Vanderlei Zalochi que formam a mostra 'Rudimentos do Cotidiano'. Em comum, traços finos e coloridos de trens, aviões e carros. As obras são blocadas e sempre com duas cores predominantes, com destaque para o azul. “Com formas ordenadas, procuro estabelecer o pano de fundo dos meus quadros, reparativos que julgo necessário para acrescentar imagens outras de sentido popular. Me agrada determinar uma analogia da ordem com a simplicidade desses símbolos”, diz Zalochi.

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